"Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo." Confúcio

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quando e como aplicar as técnicas de estudos às crianças.

Começamos um novo curso, depois de umas merecidas férias, e todos temos as melhores intenções do mundo. Mas muitas vezes ficamos apenas nisso, nas boas intenções. E temos que dizer que não vale apenas boa vontade. A gente se empenha em fazer tudo o que nos propomos, mas depois chega o difícil, manter o horário, encontrar tempo, etc., e depois de um mês já abandonamos quase tudo.

E não é falta de competência, é que não sabemos como temos que nos preparar desde o princípio.

Técnicas de estudo crianças

Nos estudos é a mesma coisa.

Podemos escutar muitas vezes os adolescentes: Eu não consigo estudar!, Não me dá tempo!, Nunca gostei de matemática!... Mas eles se dão conta que quando refletem existem coisas que não vão bem.

Meu filho não gosta de estudar

- Tem crianças que se empenham durante todo um período, e quando se dão conta só fizeram uma coisa, e quando são chamados para jantar se dão conta que não sabem o que aconteceu e todos os deveres ainda estão por fazer.

- Deu branco no exame!. Levei dois dias estudando e agora não me lembro de nada!.

- É que meu filho não gosta de estudar, não é capaz de se sentar e trabalhar, passa toda a tarde em frente à TV ou no computador. Não sei o que fazer com ele!

Todos sabemos ou pelo menos nos lembramos de algumas técnicas de estudo: como devemos nos sentar diante uma mesa para estudar (retos, cômodos), com a higiene ambiental adequada (luz, calor, ruído adequado), controlar os tempos, saber fazer resumos, esquemas, etc. Mas não colocamos isso em prática.

Desde muito pequenos, devemos educá-los na disciplina e no estudo. No primário, podem ir até mais ou menos bem, mas logo chega o secundário e tudo vai por água abaixo. E não me refiro a que sejam reprovados, mas que começam a sofrer e lutar para tentar aprender de qualquer forma, quando isso se deve aprender e educar desde cedo, e além disso, em casa.  E digo desde casa, porque não é responsabilidade do colégio. O professorado já sabe de memória como devem estudar, e explicam nas aulas todos os anos, mas os alunos têm  que colocar em prática com apoio e supervisão da família.

Quando chegar em casa à tarde, há tempo para merendar, para falar de como foi no colégio, com os amigos, professores, piadas novas...etc. Logo começamos a trabalhar. Para isso não tem discussão. Todos temos responsabilidades e devemos cumprir com elas (se no princípio custa, pode-se recorrer a um sistema de prêmios por acordos conseguidos). Deve-se começar já com as crianças pequenas, dedicando-lhes uma horinha todos os dias: lemos um conto, fazemos um desenho, aprendemos a fazer quebra-cabeças, a recortar, a fazer os laços dos sapatos... No princípio significará termos que fazer isso todos os dias, sem exceção. Com o tempo, veremos como podemos, pouco a pouco,  deixá-los a sós e ver que adotaram esse costume de trabalhar todos os dias. Se nos sobra tempo, podemos brincar, ver um pouco de televisão ou brincar no computador (sempre controlando o tempo) e sempre nessa ordem: primeiro o trabalho e depois a distração.

Existem pais que se queixam porque para merendar, os filhos se colocam em frente à TV e logo não têm como desligá-la para que comecem a estudar. Neste treinamento, para conseguir o hábito de estudar, devemos levar a sério desde o princípio, e fazê-lo bem (para comer não necessitamos da televisão).

Meu filho não gosta de estudar

Técnicas de estudos às crianças

Já com 7-8 anos podemos introduzir o conceito de tempo de estudo. Para evitar o exemplo anterior de que se passa toda uma tarde sem haver terminado os deveres, temos que praticar com o relógio e os horários. Por exemplo, começamos com uma palavra cruzada por dia. Controlamos no primeiro dia quanto demora (coloquemos dez minutos) e a partir desse dia propomos à criança, tentar ganhar dela mesma e superar seu próprio recorde (9-8-7 minutos). Isso não é para se afobarem com o tempo, mas para que compreendam que quando nos colocamos um tempo, as coisas funcionam de uma maneira, e quando não é assim, podemos passar horas para realizar o mesmo trabalho. Quanto antes terminem, mais tempo terão para brincar depois.

Isto servirá como aquecimento, para logo passar a uma outra atividade. Ler todos os dias pelo menos 15 minutos e também com bom ritmo.

Quando vão crescendo, a palavra cruzada pode ser substituída por algum exercício simples ou alguma matéria fácil e rápida, para logo passar a matérias que nos custe ou tenha mais trabalho no dia seguinte. Não podemos deixar para o final de semana, já que sempre haverá alguma desculpa para não fazê-lo (estou cansado, não tenho vontade, melhor que me explique amanhã...)

As crianças se acostumaram a fazer os deveres (somente os exercícios que passam na sala de aula) todos os dias e com isso já cumpriram. Isso não vale. Primeiro se estuda a pergunta e logo se fazem os exercícios.

Se uma criança está atenta na sala de aula à explicação (1º), estuda em casa (2º), aprende (3º), faz exercícios (4º), os corrige na sala (5º), faz resumo ou roteiro (6º) e repassa as perguntas de tempo em tempo (7º) até o dia da avaliação, como não vai saber a lição para o dia do exame depois de ter repassado pelo menos 7 vezes a mesma pergunta?

Claro que se não está atenta na sala de aula, não faz os deveres e estuda um dia antes do exame, já sabemos como sairá.

Quando começamos a educar os filhos, devemos ter claro que buscamos o melhor para eles, e nessa vida as coisas se conseguem com esforço. Com essa disciplina,  que queremos ensiná-los para seu bem, vamos poder chegar à conclusão que todos estamos cansados, mas que eles têm seu trabalho pela tarde, igual a nós com comidas, no passar roupas, ajudar os filhos nas tarefas...e o fazemos com gosto. No final do dia, uma vez realizadas nossas tarefas, podemos descansar, ler, etc. E deitaremos com a satisfação do dever cumprido.

María Concepción Luengo de Pino
Psicopedagoga

Fonte: http://br.guiainfantil.com

Como Funciona o Cérebro

O cérebro realiza várias tarefas incríveis:

  • controla a temperatura corpórea, a pressão arterial, a freqüência cardíaca e a respiração
  • aceita milhares de informações vindas dos nossos vários sentidos (visão, audição, olfato)
  • controla nossos movimentos físicos ao andarmos, falarmos, ficarmos em pé ou sentarmos
  • nos deixa pensar, sonhar, raciocinar e sentir emoções

Todas essas tarefas são coordenadas, controladas e reguladas por um órgão que tem mais ou menos o tamanho de uma pequena couve-flor: o cérebro.

Nosso cérebro, medula espinhal e nervos periféricos compõem um sistema de controle e processamento integrado de informações. O estudo científico do cérebro e do sistema nervoso é chamado de neurociência ou neurobiologia. Como o campo da neurociência é tão vasto e o cérebro e o sistema nervoso, tão complexos, este artigo vai começar dando uma visão geral sobre esse órgão.

Vamos examinar aqui as estruturas do cérebro e o que cada uma delas faz. Após essa explicação geral sobre o cérebro, você vai poder entender conceitos como controle motor, processamento visual, processamento auditivo, sensações, aprendizagem, memória e emoções.

Nosso cérebro: Estrutura dos neurônios

Nosso cérebro é composto por aproximadamente 100 bilhões de células nervosas, chamadas de neurônios. Os neurônios têm a incrível habilidade de juntar e transmitir sinais eletroquímicos, como se fossem entradas, saídas e fios de um computador. Os neurônios compartilham as mesmas características e têm as mesmas partes que as outras células, mas o aspecto eletroquímico os deixa transmitir sinais por longas distâncias e passar mensagens de um para o outro. Os neurônios possuem três partes básicas: corpo celular, axônio e dendritos.

  • Corpo celular - essa parte principal contém todos os componentes necessários da célula, como o núcleo (que contém DNA), retículo endoplasmático e ribossomos (para construir proteínas) e mitocôndria (para produzir energia). Se o corpo celular morrer, o neurônio morre.
  • Axônio - essa projeção da célula, longa e semelhante a um cabo, transporta a mensagem eletroquímica (impulso nervoso ou potencial de ação) pela extensão da célula; dependendo do tipo do neurônio, os axônios podem ser cobertos por uma fina camada de mielina, como um fio elétrico com isolamento. A mielina é feita de gordura e ajuda a acelerar a transmissão de um impulso nervoso através de um axônio longo. Os neurônios com mielina costumam ser encontrados nos nervos periféricos (neurônios sensoriais e motores), ao passo que os neurônios sem mielina são encontrados no cérebro e na medula espinhal.
  • Dendritos ou terminações nervosas - essas projeções pequenas e semelhantes a galhos realizam as conexões com outras células e permitem que o neurônio se comunique com outras células ou perceba o ambiente a seu redor. Os dendritos podem se localizar em uma ou nas duas terminações da célula.

Nosso cérebro: Tipos de neurônios básicos

Existem neurônios de vários tamanhos. Por exemplo, um único neurônio sensorial da ponta do nosso dedo tem um axônio que se estende por todo o comprimento do nosso braço, ao passo que os neurônios dentro do cérebro podem se estender por somente alguns poucos milímetros. Os neurônios possuem formatos diferentes, dependendo de sua função. Os neurônios motores, que controlam as contrações dos músculos, possuem um corpo celular em uma ponta, um axônio longo no meio e dendritos na outra ponta. Já os neurônios sensoriais têm dendritos nas duas pontas, conectados por um longo axônio com um corpo celular no meio.

Alguns tipos de neurônios: motoneurônio (a), neurônio sensorial (b), célula piramidal (c)

Os neurônios também variam no que diz respeito a suas funções:

  • os neurônios sensoriais transportam sinais das extremidades do nosso corpo (periferias) para o sistema nervoso central;
  • os neurônios motores (motoneurônios) transportam sinais do sistema nervoso central para as extremidades (músculos, pele, glândulas) do nosso corpo;
  • os receptores percebem o ambiente (químicos, luz, som, toque) e codificam essas informações em mensagens eletroquímicas, que são transmitidas pelos neurônios sensoriais;
  • os interneurônios conectam vários neurônios dentro do cérebro e da medula espinhal.

O tipo mais simples de via neural é um arco reflexo monossináptico (conexão simples), como o reflexo patelar. Quando o médico bate no ponto certo do nosso joelho com um martelo de borracha, os receptores enviam um sinal para a medula espinhal através de um neurônio sensorial. Esse neurônio passa a mensagem para um neurônio motor, que controla os músculos da nossa perna. Os impulsos nervosos viajam pelo neurônio motor e estimulam o músculo específico a se contrair. A resposta é um movimento muscular que acontece rapidamente e não envolve nosso cérebro. Os seres humanos possuem vários reflexos desse tipo, mas, conforme as tarefas vão ficando mais complexas, o "circuito" também fica mais complicado e o cérebro se integra nele.

Partes do cérebro

Principais divisões do cérebro

  • Medula espinhal
  • Tronco encefálico
  • Cerebelo
  • Cérebro anterior
    • Diencéfalo - tálamo, hipotálamo
    • Córtex cerebral

Os seres mais simples têm os mais simples sistemas nervosos constituídos por arcos reflexos. Por exemplo, vermes achatados e invertebrados não possuem um cérebro centralizado. Eles têm associações separadas de neurônios, organizadas em arcos reflexos simples. Os vermes achatados possuem redes neurais, neurônios individuais conectados que formam uma rede ao redor do animal.

A maioria dos invertebrados tem cérebro simples que consistem em grupos localizados de corpos celulares neurais chamados de gânglios. Cada gânglio controla funções sensoriais e motoras em seu segmento através de um arco reflexo e os gânglios são conectados para formar um sistema nervoso simples. Conforme o sistema nervoso evoluiu, as cadeias de gânglios evoluíram para cérebros simples mais centralizados.

O cérebro evoluiu a partir dos gânglios dos invertebrados. Não importa o animal, um cérebro tem as seguintes partes:

  • tronco encefálico - o tronco encefálico consiste em bulbo, ponte e mesencéfalo; o tronco encefálico controla os reflexos e funções automáticas (freqüência cardíaca, pressão arterial), movimentos dos membros e funções viscerais (digestão, micção);
  • cerebelo - integra informações do sistema vestibular que indicam posição e movimento e utiliza essas informações para coordenar os movimentos dos membros;
  • hipotálamo e glândula pituitária - controlam as funções viscerais, temperatura corporal e respostas de comportamento, como alimentar-se, beber, respostas sexuais, agressão e prazer;
  • cérebro superior, também chamado de córtex cerebral ou apenas córtex- o cérebro consiste no córtex, grandes tratos fibrosos (corpo caloso) e algumas estruturas mais profundas (gânglio basal, amígdala, hipocampo); integra informações de todos os órgãos dos sentidos, inicia as funções motoras, controla as emoções e realiza os processos da memória e do pensamento, expressão de emoções e pensamentos são mais predominantes em mamíferos superiores.

Dos peixes aos humanos é possível ver que o córtex fica maior, ocupa uma porção maior da área total do cérebro e se dobra. O córtex aumentado assume funções superiores adicionais, como processamento de informações, fala, pensamento e memória. Além disso, a parte do cérebro chamada de tálamo evoluiu para ajudar a transmitir informações do tronco encefálico e da medula espinhal para o córtex cerebral.

Cérebro de peixe

Animais inferiores (peixes, anfíbios, répteis e pássaros) não "pensam" tanto: eles se preocupam com as atividades diárias de juntar comida, alimentar-se, beber, dormir, reproduzir-se e se defender. Por isso, seus cérebros refletem os principais centros que controlam essas funções. Nós também desempenhamos essas funções, o que nos faz ter um cérebro "de réptil" dentro de nós. 


Parte inferior do cérebro, exibindo tronco encefálico e os nervos cranianos

Cérebro inferior

A parte inferior do cérebro consiste na medula espinhal, no tronco encefálico e no diencéfalo; o cerebelo e o córtex cerebral também estão presentes, mas serão discutidos mais adiante. Dentro de cada uma dessas estruturas estão os centros das células neurais, chamados de núcleos, especializados em determinadas funções, respiração, regulação da freqüência cardíaca, sono:

  • bulbo - o bulbo contém núcleos para regular a pressão arterial e a respiração, assim como núcleos para transmitir informações dos órgãos dos sentidos que vêm dos nervos cranianos;
  • ponte - a ponte contém núcleos que transmitem informações sobre movimento e posição do cerebelo para o córtex. Além de também conter núcleos que estão envolvidos na respiração, no paladar e no sono;
  • mesencéfalo - o mesencéfalo contém núcleos que ligam as várias seções do cérebro envolvidas nas funções motoras (cerebelo, gânglio basal, córtex cerebral), movimentos oculares e controle auditivo. Uma parte, chamada de substância negra, está envolvida nos movimentos voluntários; quando não funciona, aparecem os tremores característicos do mal de Parkinson;
  • tálamo - o tálamo conecta vias sensoriais aferentes até as áreas apropriadas do córtex, determina que informações sensoriais realmente chegam à consciência e participa da troca de informações motoras entre o cerebelo, o gânglio basal e o córtex;
  • hipotálamo - contém núcleos que controlam secreções hormonais da glândula pituitária. Esse centro governa a reprodução sexual, a alimentação, a ingestão de líquidos, o crescimento e o comportamento materno, como a lactação, produção de leite em mamíferos. O hipotálamo também está envolvido em quase todos os aspectos do comportamento, incluindo nosso "relógio" biológico, que é ligado ao ciclo diário da luz e escuridão (ritmo circadiano).


Visão interna da parte inferior do cérebro

Cérebro: Ato de equilíbrio

O cerebelo é dobrado em muitos lobos e fica acima e atrás da ponte. Ele recebe informações sensoriais da medula espinhal, informações motoras do córtex e gânglios basais, além de informações sobre a posição vindas do sistema vestibular. Então ele integra essas informações e influencia as vias motoras do cérebro para coordenar os movimentos. Para confirmar isso, é só esticarmos o braço e tocarmos um ponto à nossa frente, como o monitor do computador. Nossa mão vai fazer um movimento suave. Se tivéssemos algum dano no cerebelo, o mesmo movimento seria cheio de solavancos por causa da série de pequenas contrações musculares que nosso córtex iniciaria até chegar ao ponto de destino. O cerebelo também pode estar envolvido na linguagem, precisas contrações musculares dos lábios e da laringe e em outras funções cognitivas.

Parte superior do cérebro

O cérebro é a maior parte do encéfalo humano. O córtex contém todos os centros que recebem e interpretam informações sensoriais, iniciam movimentos, analisam informações, raciocinam e sentem emoções. Os centros dessas tarefas estão localizados em diferentes partes do córtex. Mas antes de falarmos sobre o que cada parte faz, vamos dar uma olhada nas partes do cérebro.

Partes principais do córtex cerebral O córtex predomina na superfície exterior do cérebro. A área de superfície do cérebro tem cerca de 1.500 cm2 a 2.000 cm2, que é mais ou menos o tamanho de uma a duas páginas de um jornal. Para fazer essa área caber dentro do crânio, o córtex é dobrado, formando pregas (giros) e sulcos. Vários grandes sulcos dividem o córtex em diferentes lobos: o lobo frontal, o lobo parietal, o lobo occipital e o lobo temporal. Cada lobo tem uma função diferente.

­ Quando visto de cima, um grande sulco (fissura inter-hemisférica) separa o cérebro em duas metades: direita e esquerda. Essas metades se comunicam por meio de um sistema de fibras de matéria branca chamadas de corpo caloso. Além disso, os lobos temporais direito e esquerdo se comunicam por meio de outro trato de fibras próximo à parte de trás do cérebro chamada comissura anterior.

Se você tiver uma vista segmentada do cérebro, será possível ver que a área cortical acima do corpo caloso é dividida por um sulco. Esse sulco é chamado de sulco cingulado. A área entre esse sulco e o corpo caloso tem o nome de giro cingulado, também conhecido como sistema límbico ou lobo límbico. Em uma área mais profunda dentro do cérebro encontram-se o gânglio basal, a amígdala e o hipocampo.

E aqui termina nosso tour pelas principais estruturas do córtex. Agora, vamos ver o que elas fazem. 

As conexões físicas do cérebro

O cérebro possui várias conexões físicas, assim como um prédio ou um avião tem suas partes interligadas por fiação elétrica. No caso do cérebro, as conexões são feitas por neurônios que conectam as entradas sensoriais e as saídas motoras com os centros nos vários lobos do córtex. Também há conexões entre esses centros corticais e outras partes do cérebro.

Diferentes áreas do cérebro superior possuem funções específicas.

  • Lobo parietal - recebe e processa todas as entradas somatossensoriais do corpo (toque, dor); as fibras da medula espinhal se distribuem pelo tálamo para várias partes do lobo parietal. E essas conexões formam um "mapa" da superfície do corpo no lobo parietal. Esse mapa é chamado de homúnculo. O homúnculo tem uma aparência bem estranha, porque a representação de cada área está relacionada ao número de conexões sensoriais de neurônios em vez de ao tamanho físico da área.


Homúnculo, um mapa sensorial de seu corpo. O homúnculo tem uma aparência bem estranha, porque a representação de cada área está relacionada ao número de conexões sensoriais de neurônios, em vez de ao tamanho físico da área

    • A parte traseira do lobo parietal (próxima ao lobo temporal) tem uma seção chamada de área de Wernicke, muito importante para compreender as informações sensoriais (visuais e auditivas) associadas à linguagem. Danos a essa área do cérebro produzem o que se conhece como "afasia sensorial", na qual os pacientes não conseguem entender a linguagem mas ainda são capazes de produzir sons.
  • Lobo frontal - o lobo frontal está envolvido nas habilidades motoras (incluindo a fala) e nas funções cognitivas.
  • O centro motor do cérebro (giro pré-central) localiza-se na parte de trás do lobo frontal, logo na frente do lobo parietal. Ele recebe conexões da parte somatossensorial do lobo parietal e processa e inicia as funções motoras. Assim como o homúnculo no lobo parietal, o giro pré-central possui um mapa motor do cérebro. Para mais detalhes, consulte A Science Odyssey: You Try It - Probe the Brain Activity ("Uma odisséia espacial: experimente - examine a atividade cerebral", em inglês).
  • Uma área no lado esquerdo do lobo frontal, chamada de área de Broca, processa a linguagem por meio do controle dos músculos que criam os sons (boca, lábios e laringe). Danos a essa área resultam na "afasia motora," problema no qual os pacientes conseguem entender a linguagem mas não podem produzir sons corretos ou com qualquer significado.
  • As áreas restantes do lobo frontal realizam processos associativos (pensamento, aprendizado e memória).

­

  • Lobo occipital - o lobo occipital recebe e processa informações visuais diretamente dos olhos e relaciona essas informações com o lobo parietal (área de Wernicke) e com o córtex motor (lobo frontal). Uma das coisas que ele deve fazer é interpretar as imagens invertidas que são projetadas na retina pelo cristalino do olho.
  • Lobo temporal - o lobo temporal processa informações auditivas a partir dos ouvidos e as relaciona com a área de Wernicke do lobo parietal e com o córtex motor do lobo frontal.
  • Ínsula - a ínsula influencia funções automáticas do tronco encefálico. Por exemplo, quando você prende a respiração, os impulsos da ínsula suprimem os centros de respiração do bulbo. A ínsula também processa informações sobre o paladar.
  • Hipocampo - o hipocampo localiza-se dentro do lobo temporal e é importante para a memória de curto prazo.
  • Amígdala - ela se localiza dentro do lobo temporal e controla o comportamento sexual e social e outras emoções.
  • Gânglios basais - os gânglios basais trabalham junto ao cerebelo para coordenar movimentos precisos, como movimentos da ponta dos dedos.
  • Sistema límbico - esse sistema é importante no comportamento emocional e no controle dos movimentos dos músculos das vísceras (músculos do aparelho digestivo e cavidades do corpo).
  • Água no cérebro

    Nosso cérebro e medula espinhal são cobertos por uma série de membranas resistentes chamadas de meninges, cuja função é proteger esses órgãos do atrito com os ossos do crânio e da coluna. Para uma proteção ainda maior, o cérebro e a medula espinhal flutuam em um mar de líquido céfalo-raquidiano dentro do crânio e da coluna. Esse líquido de amortecimento é produzido pelo plexo coróide, localizado dentro do cérebro, e flui por uma série de cavidades (ventrículos) para fora do cérebro e dentro da medula espinhal. Esse líquido mantém-se separado do sangue pela barreira hemato-encefálica.


    Sistema ventricular cerebral

    Como você pode ver, teu cérebro é um órgão complexo e extremamente organizado, que comanda tudo o que você faz. Agora que você já está familiarizado com a anatomia do cérebro, veja os artigos que tratam das funções específicas dele.

     

    Fonte: HowStuffWorks

    Read more at http://nunesjanilton.blogspot.com/2012/05/como-funciona-o-cerebro.html#pELPjwZDr1oWCAcG.99

    quarta-feira, 21 de novembro de 2012

    Bebês 'intelectuais'

    Nascemos já bem equipados de conhecimentos. Aos 22 anos, atingimos o pico da capacidade cognitiva. Aos 37, começamos a perder qualidades. Mas os neurónios continuam a formar-se, ao longo da vida

    memorias

    "Ninguém nasce ensinado", diz o ditado. A investigação de Elizabeth Spelke, professora da Universidade de Harvard, EUA, mostra exatamente o contrário. Spelke está, há 30 anos, a tentar demonstrar que existe todo um portfólio de conhecimentos que já vem instalado à nascença. No seu babylab, aquela psicóloga analisa bebés e crianças, em brincadeiras concebidas para avaliar o seu grau de conhecimento de... conceitos matemáticos - pasme-se! Através de brinquedos e jogos, a diretora do Laboratório de Estudos do Desenvolvimento verificou que a noção de número/quantidade ou até de geometria é inata. "As crianças, bem como os peixes-zebra ou as galinhas, conseguem reorientar-se numa sala, usando noções de geometria", exemplificou Spelke, recentemente, num simpósio de neurociências organizado pela Fundação Champalimaud, em Lisboa. Já as capacidades de ler mapas, interpretar fotografias ou falar são "exclusivas dos humanos, mas também não dependem de treino".

    Uma das áreas que desperta maior interesse nas neurociências é a da aprendizagem e memória. Entender o que se passa no cérebro durante este processo pode ajudar a travar a doença de Alzheimer e a demência, ou aumentar a capacidade mental. Timothy Salthouse, diretor do Laboratório de Envelhecimento Cognitivo, da Universidade da Virginia, nos EUA, acompanhou 2 mil pessoas, durante sete anos, com idades entre os 18 e os 60 anos. E concluiu que o auge das capacidades cognitivas, como o raciocínio, a visualização espacial ou a rapidez do pensamento, é atingido aos 22 anos. Por outro lado, a memória começa a decrescer a partir dos 37. Já os conhecimentos gerais ou o vocabulário continuam a aumentar, até aos 60 anos, altura em que a memória diminui acentuadamente. Salthouse sublinha, no entanto, numa publicação universitária, que há muitas variações individuais. "Há pessoas que mantêm um elevado nível de performance em todas as idades. O que fazem, ou herdaram, para envelhecer a um ritmo diferente?", questiona.

    EXPANDIR A INTELIGÊNCIA

    Até há uns anos, os cientistas pensavam que o cérebro parava de criar novos neurónios, após o nascimento. No entanto, hoje sabe-se que o seu processo de formação, a neurogénese, continua na vida adulta, em duas áreas específicas, migrando, depois, para estruturas como o hipocampo - uma região muito importante na formação da memória semântica e episódica (ver infografia). É adquirido que existe uma correlação entre a estimulação mental e o aumento da neurogénese. Por outro lado, o stresse, a ansiedade e, lá está, o envelhecimento parecem diminuí-la. Como é que estas novas células, frescas e sem memórias, que não param de chegar, se encaixam nas ligações já existentes, constitui uma questão que atormenta boa parte dos neurocientistas. 

    Atsushi Iriki, do Instituto Riken para a Ciência do Cérebro, no Japão, estuda a inteligência e tem, nos macacos, as suas cobaias. Depois de os treinar, durante duas semanas, para apanhar bolas, usando uma ferramenta, verificou que o cérebro dos animais se tinha expandido 23 por cento. "Nos matemáticos, que treinam a vida toda, registam-se aumentos de até 3 por cento", disse Atsushi Iriki, à VISÃO, numa recente passagem por Lisboa, para participar num simpósio da Fundação Champalimaud. "Não sabemos, ainda, o que está a acontecer no cérebro: podem ser mais neurónios, mais sangue, mais células da glia [que protegem e suportam os neurónios]", avança. "Também não sabemos até onde podemos ir na expansão. Mas temos a certeza de que existe um limite." 

    FONTE: http://visao.sapo.pt/bebes-intelectuais=f695103#ixzz2Cn8BEFbr

    Teste seu comportamento na escola

    Esse teste da Revista Recreio é muito legal para sondarmos como a criança se vê em sala de aula.

    Faça o teste e descubra se, na sala de aula, você faz muita bagunça.

    1. Quando o professor chega você está:

    a. Fora da sala.

    b. Conversando na classe

    c. Sentado na sua mesa

    2. Na sexta-feira você:

    a. Fica dividido entre a escola e o sábado

    b. Não se concentra

    c. Estuda a todo vapor

    3. Como reage em dia de prova surpresa?

    a. Não gosta, é claro

    b. Fica na sua

    c. Não para de reclamar

    4. Você é conhecido por ser:

    a. Bagunceiro

    b. Divertido

    c. Quieto

    5. Você já tirou notas altas este ano?

    a. Todas foram altas

    b. Algumas

    c. Sim!

    6. O professor fala algo engraçado. E agora?

    a. Você ri um pouco

    b. Passa a aula rindo

    c. Você nem liga

    7. Seu amigo tem um caderno novo. Você:

    a. Comenta no mesmo instante

    b. Espera uma pausa do professor para elogiar

    c. Só comenta na saída

    8. Como você age em excursões?

    a. Como se estivesse na sala de aula

    b. Curte a bagunça dentro do ônibus e na hora do lanche

    c. Faz brincadeiras o tempo todo

    9. Você já tomou bronca dos professores?

    a. Algumas vezes – e foi muito chato!

    b. Perdeu a conta das vezes que foi para a diretoria

    c. Nunca – pelo menos, você não se lembra!

    10. Seu material escolar:

    a. Está sempre pronto e dentro da mochila

    b. É organizado, mas já aconteceu de você esquecer algo em casa

    c. É bem desorganizado

    11. Na classe, você vê que um colega sujou a camiseta. O que faz?

    a. Espera o intervalo para dar um toque

    b. Uma piada que cria a maior bagunça

    c. Avisa o mais discretamente que conseguir

    Se marcou mais a:

    Você adora uma bagunça! Afinal quem não curte? O problema é que você não sabe a hora de parar. Assim, além de deixar os professores de cabelos em pé, você pode até se prejudicar nas provas. Guarde sua energia para o intervalo!

    Se marcou mais b:

    Tomar broncas de vez em quando é normal. E você também toma! Mas o legal é que você sabe quando dá para bagunçar e quando é hora de estudar. Assim, não fica de fora das brincadeiras, nem enlouquece seu professor.

    Se marcou mais c:

    Você deve ser sossegado. O sonho de qualquer professor! Só que às vezes, você se esquece de curtir os intervalos com a turma. Divirta-se e fique esperto: nunca falar em classe também chateia os professores, que não sabem se você está com dúvidas.

    Fonte: Revista Recreio agosto/2012.

    sexta-feira, 9 de novembro de 2012

    Entrevista com Hélio Magri autor do livro: Sou disléxico e daí?

    Entrevista com Hélio Magri Filho concedida ao Bigmae.com,  que poderá esclarecer e orientar  mães, pais e educadores acerca do tema Dislexia:

     

    1- O que é dislexia?

    A definição oficial, aceita pela Associação Brasileira de Dislexia: Dislexia é  uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária.

    Minha definição: Nosso cérebro, quando visto de cima, lembra duas metades de uma noz. Cada metade recebe o nome de hemisfério cerebral. Os hemisférios comunicam-se através de um feixe de fibras nervosas denominado CORPO CALOSO. A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, sequencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes. Utilizando mais o hemisfério esquerdo, considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios contidos no hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorizar, dentre outros.  Eu costumo dizer que não tenho “atleticidade” cerebral suficiente para cruzar a “ponte” (corpo caloso) do hemisfério esquerdo para o direito, e vice versa, do meu cérebro. Tenho uma tendência maior em permanecer no lado direito, ou seja, mais no mundo da “lua”, comprometendo atenção, concentração e aprendizagem.

    2- Conte-nos um pouco da sua experiência de vida como disléxico.

    A vida com dislexia, discalculia (dificuldades com números), desatenção e outros “dis” me deixou sempre numa posição de questionamento, é como se eu tivesse que mentalizar todos meus movimentos, minhas ações e reações, antes de manifestá-los. Isso é desgastante, muito estressante, mas também enriquecedor. Sempre sentia que era diferente, não conseguia me inserir no cenário e questionava, interna e incessantemente minha postura. Isso para quem está tentando assimilar os caminhos do mundo é um peso extra que carregamos. Se não entendemos quem somos e como somos, como poderemos entender a vida como ela é? Como tudo na vida parece ter sempre um jeito, eu criava estratégias para lidar com números, evitava leituras em voz alta, alegava sempre algum mal estar súbito e outras tantas desculpas. E nessa introspecção eu fui descobrindo quem realmente sou… e daí escolhi manifestar isso todos os dias da minha vida.

     

    3- O que foi mais difícil em sua infância?

    O mais difícil na infância, e na vida adulta, são os rótulos. Entendo que as pessoas não têm a paciência suficiente, e nem o conhecimento necessário para entender que somos diferentes. A crueldade destes rótulos, mais a incapacidade de desempenhar tarefas consideradas normais para as outras crianças deixaram suas marcas na auto-estima. A frustração de uma criança que não consegue se ajustar é algo silencioso e pessoal. Uma batalha constante. Isso foi o mais difícil: Cada dia era uma luta para se inserir nos cenários e corresponder às expectativas da família, da escola e etc.

     

    4- Como pode ser identificado precocemente que uma criança tem dislexia?

    A dislexia pode ser identificada já nos primeiros anos escolares, sendo que a primeira condição para o diagnóstico é que a criança já  tenha sido alfabetizada e que a criança já tenha tido uma vivência com a leitura e escrita de, pelo menos, dois anos para que seja possível a caracterização das dificuldades disléxicas.

    A dislexia necessita de um tratamento apropriado. Por não ser um problema que passa com o tempo, a dislexia merece atenção para não passar despercebida. É importante que o diagnóstico seja efetuado o quanto antes, assim, as crianças tratadas desde cedo, têm grandes chances de superar ou conviver melhor com os sintomas.

    São vários os sinais que identificam a dislexia: Dificuldade com cálculos mentais, dificuldade em organizar tarefas, dificuldades com noções espaço- temporais, entre outras. Podemos observar também um desempenho inconstante com relação à aprendizagem da leitura e da escrita; Dificuldade com os sons das palavras e, consequentemente, com a soletração; Escrita incorreta, com trocas, omissões, junções e aglutinações de fonemas; Relutância para escrever; Confusão entre letras de formas vizinhas, como “moite” por “noite”, “espuerda” por “esquerda”; Confusão entre letras foneticamente semelhantes: “tinda” por “tinta”, “popre” por “pobre”, “gomida” por “comida”; Omissão de letras e/ou sílabas, como “entrando” por “encontrando”, “giado” por “guiado”, “BNDT” por “Benedito”; Adição de letras e/ou sílabas: “muimto” por “muito”, “fiaque” por “fique”, “aprendendendo” por “aprendendo”; União de uma ou mais palavras e/ou divisão inadequada de vocábulos: “Eraumaves um omem” por “Era uma vez um homem”, “a mi versario” por “aniversário”; Leitura e escrita em espelho; Existem ainda outros sinais importantes de dislexia na idade escolar: Lentidão na aprendizagem dos mecanismos da leitura e escrita; Trocas ortográficas, dependendo do tipo de dislexia; Problema para reconhecer rimas e alterações; Desatenção e dispersão; Desempenho escolar abaixo da média, em matérias específicas, que dependem da linguagem escrita; Melhores resultados nas avaliações orais, do que nas escritas; Dificuldade de coordenação motora fina (para desenhar, escrever e pintar) e grossa (é descoordenada); Dificuldade de copiar as lições do quadro, ou de um livro; Problema na lateralidade (confusão entre esquerda e direita, ginástica) Dificuldades de expressão: vocabulário pobre, frases curtas, estruturas simples, sentenças vagas; Dificuldades em manusear mapas e dicionários; Esquecimento de palavras; Problema de conduta: retração, timidez excessiva e depressão; Desinteresse ou negação da necessidade de ler; Leitura demorada, silabadas e com erros. Esquecimento de tudo o que lê; Salta linhas durante a leitura, acompanha a linha de leitura com o dedo; Dificuldade em matemática, desenho geométrico e em decorar sequências; Desnível entre o que ouve e o que lê. Aproveita o que ouve, mas não o que lê; Demora demasiado tempo na realização dos trabalhos de casa; Não gosta de ir à escola; Apresenta “picos de aprendizagem”. Em alguns dias parece assimilar e compreender os conteúdos e em outros, parece ter esquecido o que tinha aprendido anteriormente; Pode evidenciar capacidade acima da média em áreas como: desenho, pintura, música, teatro, esporte, etc;

    Quando um aluno demonstra contínua dificuldade com os problemas acima, deverá  ser imediatamente encaminhado aos profissionais especializados, estes farão averiguações concretas. O diagnóstico deve sempre ser feito por uma equipe multidisciplinar composta de fonoaudiólogos, neuropsicólogos, psicólogos, e etc.

     

    5- Como devem agir os pais ao perceber que o filho tem dislexia?

    Tudo deve ser feito em PARCERIA com a escola. Constatado a dislexia, é fundamental que o professor esclareça em sala de aula quanto às dificuldades do colega, para que se mantenha um ambiente de respeito e consideração sem rejeições. Quero enfatizar a importância do acompanhamento dos pais com o disléxico, estes devem ser esclarecidos para que possam entender melhor as dificuldades que seu filho demonstra e ajudá-lo a contorná-las. A Associação Brasileira de Dislexia (ABD) através de seu site: www.dislexia.org.br disponibiliza ferramentas, apoio e recursos que os pais podem usar para lidar com o problema. Além de tudo isso, os pais devem encontrar uma escola que possa atender as necessidades do seu filho disléxico. As escolas devem oferecer adaptações do sistema escolar às necessidades do aluno disléxico, para que ele possa entrar em contato com experiências e informações, para a construção de sua aprendizagem. Não há uma escola perfeita, o fundamental então é selecionar uma escola que mais se adapte às prioridades da Criança, e acompanhar sistematicamente sua aprendizagem, contando com o auxílio de uma equipe multidisciplinar. A busca por uma escola é essencial, pois no Brasil, a maioria dos modelos de escola que conhecemos, públicas e particulares, geralmente não foram feitas para disléxicos. Um bom programa educacional para crianças disléxicas precisa estabelecer objetivos específicos de progresso para o ano letivo. É necessário dedicar muita atenção para que a dislexia seja superada; sendo assim, seja paciente com um aluno ou filho disléxico, e não deixe que ele sofra de baixa auto-estima. Incentive-o a buscar novas atividades e interesses, tais como esportes ou música, e sempre o recompense quando ele progredir em seus estudos.

     

    6- Porque em pleno 2011, os educadores e as escolas ainda têm dificuldade em identificar a dislexia numa criança?

    Eu tenho um sonho: O ideal seria que toda criança fosse testada para detectar se ela sofre de dislexia. Porém, o sistema educacional brasileiro é deficiente e há uma falta de recursos na maioria das escolas do País. Apesar das salas de aula estarem lotadas e apesar da falta de recursos para pesquisas, a dislexia precisa ser combatida. Muitos casos de dislexia passam despercebidos em nossas escolas por causa da falta de conhecimento dos educadores, dos pais e pelo próprio sistema de ensino que ignora as necessidades mais básicas de alfabetização. Eu morei no exterior por mais de vinte anos, e em minhas pesquisas descobri que em outros países a questão da dislexia, e de outros distúrbios de aprendizagem, está ligada aos assuntos de SAÚDE. Aqui no Brasil, insistimos que isso tudo é do ENSINO. Muitas vezes, crianças inteligentíssimas, mas que sofrem de dislexia, aparentam ser péssimos alunos; muitas dessas crianças se envergonham de suas dificuldades acadêmicas, abandonam a escola e se isolam de amigos e familiares. Muitos pais, ainda por falta de conhecimento, se envergonham de ter um filho disléxico e evitam tratar do problema. Isso é lamentável, pois crianças disléxicas que recebem um tratamento apropriado podem não apenas superar essa dificuldade, mas até utilizá-la como benefício para se sobressair pessoal e profissionalmente.

    Não é  suficiente incluir uma criança disléxica em sala de aula, precisamos, antes de tudo, de professores e coordenadores capacitados em dislexia para atender com eficiência as necessidades que estas crianças apresentam. A abrangência da inclusão escolar é muito ampla. Uma educação para todos precisa valorizar a diversidade em todos os sentidos, dinamizando e enriquecendo as relações e interações, despertando nos alunos o desejo de conhecer e conviver com grupos diferentes do seu. A escola é um lugar privilegiado de encontro com o outro, onde o respeito às diferenças deve prevalecer. Fica aqui um desafio para os professores: VOCÊ, COMO EDUCADOR, É CAPAZ DE ENSINAR DE ACORDO COM A NECESSIDADE DA CRIANÇA, OU ACHA QUE A CRIANÇA DEVE APRENDER DE ACORDO COM O SEU MÉTODO DE ENSINO?

     

    7- Qual caminho os pais devem seguir ao constatar que o filho tem dislexia?

    Além do que já falamos anteriormente quero acrescentar ainda que, assim como qualquer criança, os disléxicos necessitam do apoio dos pais.  Não só para a satisfação das suas necessidades imediatas e físicas, mas também para ajudar na criação de mecanismos para superar suas dificuldades.

    Usar exercícios criativos que envolvam a memória, tais como recitar poemas infantis em conjunto, ler poemas, utilizar mímica, teatro, falar de imagens, utilizar a ação, os jogos de tabuleiro, e cantar músicas, podem ser muito úteis.

    Estas são algumas dicas/estratégias que também poderão ser importantes:

    * Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio;
    * Incentivar a prática de atividades lúdicas e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada;
    * Incentivar o gosto pela leitura,  usando a linguagem dos livros — as imagens, as palavras e as letras — para perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados;
    * Mostrar como segurar um livro, de que forma ele abre, onde começa a história, onde é o topo da página e que direção segue o texto, apreciar as imagens;
    * Promover o aspecto cultural: visitar museus, assitir peças de teatro ou musicais, conhecer outras cidades, etc
    * Ajudar a criança disléxica a aprender a seguir instruções,  por exemplo, “por favor pegue no lápis e coloque-o na caixa”, e fazer gradativamente sequências mais longas, por exemplo, “ir à prateleira, encontrar a caixa vermelha, trazê-la para mim”.

    Incentive sempre a criança disléxica a repetir a instrução antes de  realizar a tarefa desejada.

     

    8- Existe alguma metodologia de ensino específica para crianças disléxicas?

    O professor, quando preocupado com o desempenho e o progresso de um aluno, deve consultar os pais e a própria escola a fim de obter maiores informações sobre a vida escolar do aluno. Se a preocupação e os sinais persistirem, o professor deve sugerir, juntamente com o psicólogo da escola, um acompanhamento clínico especializado. Desta forma, tornará sua ajuda muito valiosa, já que não é o professor que fará as terapias e tratamento necessários, mas tem o dever de identificar e posteriormente dedicar-se de maneira especial ao aluno disléxico em sala de aula, resgatando também, sua autoconfiança.

    O professor de um aluno disléxico deve rever suas estratégias metodológicas e descobrir habilidades nestes alunos, para que eles possam descobrir-se, conhecer-se e possivelmente destacar-se em outras áreas, pois se os disléxicos fracassarem no período escolar, significa que não fracassaram sozinhos: a escola, desde o gestor até o professor, também fracassou.

    Não há  um só tratamento, ou intervenção escolar, que seja adequado a todas as pessoas. Contudo, a maioria dos tratamentos e intervenções enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura. Esses tratamentos e intervenções ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por fim, frases. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para que ele possa corrigi-la. É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom tratamento e intervenção adequados, certamente rendem bons resultados. Alguns estudos sugerem que quando administrados ainda cedo na vida escolar de uma criança, podem amenizar e até mesmo corrigir as falhas nas conexões cerebrais.

     

    9- O que fazer para facilitar a vida de uma criança disléxica?

    Crianças precisam de amor… Uma criança disléxica precisa de muito amor e da conscientização, pelos pais e professores de três regras básicas: Nunca julgue; Nunca critique e Nunca condene!

    Se os pais e professores sabem que a dislexia persiste, apesar da boa escolaridade. É necessário que estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Se você julgar, certamente confundirá dislexia com preguiça ou má disciplina. E, se critica, certamente verá que as crianças disléxicas expressam sua frustração por meio de mal-comportamento, dentro e fora da sala de aula. Portanto, pais e educadores devem saber identificar, sem condenar, os sinais que indicam que uma criança é disléxica – e não preguiçosa, pouco inteligente ou mal-comportada.

     

    10- Para finalizar deixe-nos as suas considerações finais sobre o tema ‘Dislexia’ que julgar importante ser esclarecido.

    Nunca é  tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar informações com mais eficiência. Entretanto, diferente da fala – que qualquer criança acaba adquirindo – a leitura precisa ser ensinada. Utilizando métodos adequados de tratamento e com muita atenção e carinho, a dislexia pode ser derrotada. Crianças disléxicas que receberam tratamento desde cedo apresentam uma menor dificuldade ao aprender a ler. Isso evita com que a criança se atrase na escola ou passe a detestar estudar.

    O primeiro sinal de possível dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar numa boa escola, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Crianças cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligentes, mas sofrer de dislexia. O melhor procedimento a ser adotado é permitir que profissionais qualificados examinem a criança para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único distúrbio que inibe o aprendizado, mas é o mais comum.

    São muitos os sinais que identificam a dislexia. Crianças disléxicas tendem a confundir letras com grande freqüência. Entretanto, esse indicativo não é totalmente confiável, pois muitas crianças, inclusive não-disléxicas, freqüentemente confundem as letras do alfabeto e as escrevem de lado ou ao contrário. No Jardim de Infância, crianças disléxicas demonstram dificuldade ao tentar rimar palavras e reconhecer letras e fonemas. Na primeira série, elas não conseguem ler palavras curtas e simples, têm dificuldade em identificar fonemas e reclamam que ler é muito difícil. Da segunda à quinta série, crianças disléxicas têm dificuldade em soletrar, ler em voz alta e memorizar palavras; elas também freqüentemente confundem palavras. Esses são apenas alguns dos muitos sinais que identificam que uma criança sofre de dislexia.

    Um último esclarecimento: A dislexia é tão comum em meninos quanto em meninas.

    Fonte: http://www.bigmae.com/o-que-e-dislexia-entrevista-com-helio-magri-filho/

    terça-feira, 6 de novembro de 2012

    Sugestões de jogos dos participantes do grupo Psicopedagogiabrasil do Facebook (responsável Simaia Sampaio) e outros jogos acrescentados por Simaia Sampaio

     

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    Esta página será sempre atualizada, então retornem sempre para ver as dicas

    Jogos para matemática

    imageTrabalha a quantidade que poderá seu aumentada de acordo com o grau de complexidade

     

     

     

     

     

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    Trabalhando quantidades, também construído com rolinhos de papel higiênico(sucata).

     

     

     

     

     

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    Francinara Chaves  Psicopedagogiabrasil

    O Material Dourado Montessori
    O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal posicional e dos métodos para efetuar as operarações fundamentais: os logaritmos.
    No ensino tradicional, as crianças acabam " dominando" os logaritmos a partir de treinos cansativos, mais sem conseguirem compreender o que fazem. Como o Materi

    al Dourado a situação e outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos logaritmos. um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
    O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.
    Na Clínica esse jogo tem inúmeras possibilidades para trabalhar com crianças com descalculia e crianças com deficiência !! e entre outros !!!

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    Foto: Coordenação Motora

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    Foto: Ordens e ClasseProfessor Mário Ramão Benevides.

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    Foto: Matemática Divertida!

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    Foto: Lego + Números = Matemática Significativa<br />http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/

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    Foto: Lego + Adição<br />http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/

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    Jogos para alfabetização

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    Foto: Trabalhando a Atenção e Coordenação.

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    Thereza Bianchi

    Trabalha-se Alfabeto, inicio da alfabetização, discriminação visual, orientação espacial, atenção e concentração.
    Crianças a partir de 5 anos.
    Material: Papel cartão colorido, figuras retiradas de sites, pesquisa no Google, escrever as letras em letra bastão (forma) ou utilizar letras moveis.

    Jogo do lince de palavras variadas. Sem foco ortográfico e sim atenção e concentração, orientação espacial, lateralidade.

     

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    Pingo no I, é um jogo aparentemente pedagógico, porém torna-se psicopedagógico a partir do momento que a criança tem que usar estratégias para tentar combinar as letras e formar a palavra. São muitas possibilidades de jogo com este baralho. Trabalho com crianças disléxicas, disortográficas, crianças em fase de alfabetização e inclusive com aqueles que já sabem ler visando trabalhar cognição.

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    Luciane Coelho

    Esse é feito com uma cópia de foto ou de uma figura que vc deseja trabalhar. Este ano eu fiz para o dia dos pais. É um quebra-cabeças, mas fica mt interessante, e trabalha a concentração, noção espacial e percepção.

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    Thereza Bianchi a criança ou adolescente circula todos os nomes referentes a BANHO, pode ser com COZINHA, QUARTO...

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    Thereza Bianchi

    Jogo com pregadores. Raciocinio,atençao e concentraçao, ortografia, pinçar.

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    Foto: - Relacionar imagens as letras;<br />- Relacionar imagem ao nome (palavra);

    Foto: - Relacionar imagem as letras curciva;

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    Foto: CAIXA DE ARROZ PARA ATIVIDADES MOTORAS

    Foto: ssa é mais uma Dica para trabalhar o SENSORIAL 2

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    Foto: Ver e Ler

    Foto: Suporte para leitura e escrita<br />http://marioramaobenevides.blogspot.com.br/

    Foto: Hoje fiz esse jogo:<br />Formar a palavra<br />Material: EVA, figuras, recorte de livros que não estão mais usando, cola e alfabeto.<br />Pode ser trabalhando, primeira letra, o nome da gravura e sílabas.<br />Gracilene Vasconcelos

    Hoje fiz esse jogo:
    Formar a palavra
    Material: EVA, figuras, recorte de livros que não estão mais usando, cola e alfabeto.
    Pode ser trabalhando, primeira letra, o nome da gravura e sílabas.
    Gracilene Vasconcelos

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    Jogos para coordenação visuo-motora e discriminação visual

     

    Foto: Trabalhando o Sensorial e ótimo meio tátil para reforço de competência  pré-escrito.

    Foto: Lego + Sequência<br />http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/

    Márcia Rodrigues armário de caixinhas de fósforo.
    objetivo: trabalhar organização espacial; destreza, coordenação motora fina e visuomotora, sequência de objetos dentro das gavetas, sustentabilidade. Ideal para se construir com o sujeito na clínica psicopedagógica.

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    Foto: Lego + Imagens = Quebra-cabeça!<br />http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/

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    Jogos para desenvolver coordenação motora fina

    Bate pinos

     

    5 Marias

     

    Origami

     

    Tracejado

      

     

    ALINHAVO

    ENCAIXE

    coorde1

     

    QUEBRA-CABEÇA

     

    PETECA

    ENCAIXE

           

    ENCAIXE MONTA E DESMONTA

    coorde2

    http://www.mamoan.com.br/?op=galeria&act=detalhe&galid=21

    coorde3

    TRABALHOS MANUAIS

    Coloque a imagem sobre uma almofada velha e dê um lápis à criança e peça que ela perfure segurando o lápis com a pinça (polegar e indicador)

    Empilhagem e equilíbrio

    prod_psico_015d

    Aramados

    http://www.trakinasbrinquedos.com.br/peda.htm

    Transpor de um recipiente para outro as bolinhas de gude

    Enfiar palitos com a pinça

    coordepeneira

    Pegar bolinha com a peneira

    coordecarimbo

    Carimbar

    coorde4

    Furar massinha com a pinça dos dedos

    coorde5

    Pegar bolinha de algodão com a pinça

    coorde6

    Pegar objetos pequenos com pinça e colocar dentro da bolinha tênis(cortar a bolinha)

    coorde7

    Pegar bolinhas de algodão ou outros objetos com colheres ou pegador para salada

    Pegar objetos pequenos(cereais,bolinhas pequenas ou balas)com dedo indicador e polegar da mão dominante e colocar a quantidade dos números representados.

    coorde8

    Uso de carimbo ou cola colorida e preencher dentro dos círculos.

    coorde9

    Fazer vários pontinhos no papel e colar as bolinhas de papel em cima do pontinhos indicados

    uso de clips no papel de cores correspondentes
    ou

    encaixar um clip no outro

    uso de elásticos para puxar e fortalecer os dedinhos.Placa de lego ou madeira com pregos.

    Placas de madeira com as letras do alfabeto(passar o dedinho ou palitinho com imã)

    Alinhavo com canudinho

    Brincadeiras com Massinha e contornar as cartelas plastificadas com as figuras geométricas e depois pode fazer cartelas de letras,números ou desenhos.

     

     

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    Jogos para figuras geométricas

     

    Foto

    Silvana Lima , o GEOPLANO é uma tábua com 25 pinos cuja distância de um pino a outro é de 5 cm. Com elásticos coloridos de vários tamanhos, a criança constrói figuras, descobrindo e brincando com conceitos geométricos.
    O geoplano é um modelo matemático que permite traduzir ou sugerir ideias matemáticas, num sentido mais exato, constitui um suporte concreto de representação mental, um recurso que leva a realizar ideias abstractas. Este instrumento é um recurso didáctico que se pode classificar como múltiplo e dinâmico porque permite a representação de numerosas situações que possibilitam o movimento da imagem das figuras no plano e no espaço.

    Foto

     

    Jogos para aprender as cores

    Para os menores auxilia na associação das cores e quantidades que podemos utilizar.

    Construído com rolinhos de papel higiênico( sucata), auxilia na discriminação visual com comandos ou não. De acordo com a faixa etária podemos ir aumentando o grau de complexidade.

    Foto: Trabalhando a Atenção - Atividade de Cores com tampas variadas com Velcro.

    Silvana Lima

    Trabalhando a Atenção - Atividade de Cores com tampas variadas com Velcro.

    Foto: Estacionamento Colorido<br />o reconhecimento de cores e combinando.

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    Francinara ChavesPsicopedagogiabrasil

    Material criado pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes. Constitui-se de 48 peças que combinam quatro atributos em cada uma, sendo estes: tamanho (grande e pequeno) , cor ( amarelo, azul e vermelho), forma( círculo, quadradoe retângulo), e espessura( grosso e fino). Os blocos lógicos são de grande utilidade no auxilio e na elaboração do raciocónio, passando gradativamente do concreto para o abstrato. Com o auxilio dos " Blocos Lógicos" a criança organiza o pensamento, assimilando conceitos básicos de cor, forma e tamanho, além de realizar atividades mentais de seleção, comparação, classificação e ordenação.

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    Jogos para raciocínio logico

    Sudoku

    O jogo Sudoku existe em revistas nas bancas, mas as crianças não são muito fãs, então fiz este modelo em tabuleiro de EVA com fichas impressas e eles gostam muito. Trabalha bastante atenção, análise, posição espacial. Os números de 1 a 9 devem ser colocados na horizontal e vertical de maneira que não poderão se repetir e para isso precisam observar bem. Com crianças abaixo de 7 anos fiz o Sudoku 4x4 com fichas de 1 a 9.

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      Dominó

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    Tangran

    Objetivo: psicomotor(pinçar) alfabeto, orientação espacial, lateralidade.
    Material: cartolina branca em circulo, pregadores : de um lado escrita em maiúscula e do outro minuscula. pode ser feito com números e cores.

    Tangram
    O jogo é composto de sete peças (cinco triângulos, um quadrodo e um paralelogramo), de cartelas com diferentes figuras e é desenvolvido por um participante, que tem por objectivo formar um quadrado com as sete peças.
    Para início do jogo, deve-se procurar uma superfície plana. Encontrado o local adequado, o participante deve ter em mente que todas a sete peças devem, obrigatoriamente, ser utilizadas na formação de uma figura, sem a sobreposição de peças.
    O Tagram permite milhares de combinações. Exercitando a inteligência e imaginação, o jogador pederá criar figuras inéditas, enriquecendo, assim, o acervo já existente.

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    Simon

    Thereza Bianchi

    SIMON. Trabalha estrategia, concentração, atenção, lateralidade, orientação espacial, visual

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    Autoria Thereza BianchiPsicopedagogiabrasil

    A criança ou adolescente não pode repetir cores .
    Material: EVA

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    Cara a cara - estrategia, atenção, concentração

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    Thereza Bianchi  

    Este jogo é muito parecido com o LINCE. Preparei-o com desenhos e letras . Qual desenho começa com a letra A?
    Trabalha-se Alfabeto, inicio da alfabetização, discriminação visual, orientação espacial, atenção e concentração.
    Crianças a partir de 5 anos.
    Material: Papel cartão colorido, figuras retiradas de sites, pesquisa no Google, escrever as letras em letra bastão (forma) ou utilizar letras moveis.

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    Senha 4 cores

    Postado por Simaia Sampaio

    Pode ser feito também no papel

    A criança utiliza 4 lápis de cores diferentes e as cores iguais não podem se tocar

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    QUARTO

    Simaia Sampaio Maia

    QUARTO - Este é um jogo maravilhoso para trabalhar classificação. Pode ser feito também com biscuit. Usem a criatividade. Com crianças pequenas ela mesma vai pegando a peça e colocando, uma vez de cada, como jogo da velha. Quem formar primeiro uma fileira na horizontal ou vertical de alguma característica ganha: ou alto, ou baixo, ou triângulo, ou quadrado, ou branco, ou marrom, ou com furo. Já com crianças, adolescentes e adultos fica um pouco mais difícil: eu pego a peça e entrego para meu adversário colocar e ele pega a peça e me dá para eu colocar, fica mais difícil e precisa raciocinar muito mais. É excelente para mover as estruturas cognitivas, uma das finalidades principais do trabalho psicopedagógico.

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    Luciane CoelhoPsicopedagogiabrasil

    Muito simples mas que desenvolve a capacidade de concentração , estratégia e destreza. Construído com qualquer caixa e canudinhos de refrigerante.

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    Simaia Sampaio Maia

    O jogo Mancala é um dos que mais uso em consultório. Jogo de raciocínio, estratégia, antecipação. pode ser jogado com crianças adolescentes e adultos. Com crianças poderá ser feito com caixa de ovos e feijões.

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    Simaia Sampaio Maia

    Esse é um dos jogos que mais uso em consultório, é maravilhoso, jogo de estratégia para todas as idades. Trabalha também sequencia e exige muita atenção! Maravilhoso!

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    O jogo UNO auxilia o desenvolvimento como: interação, concentração, percepção das cores, raciocínio lógico e problemas matemáticos ( somas simples)

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    Danusa Cunha

    Pictureka!
    Baseado no jogo de tabuleiro de mesmo nome, Pictureka é um dinâmico card game da Hasbro (para dois ou mais jogadores).
    Descrição: Encontrar figuras é o elemento chave em Pictureka. O jogo possui dois tipos de cards: os de missão e os de figura. As cartas de missão dizem aos jogadores quais elementos eles devem encontrar nas divertidas ilustrações dos cards de figura. Se o elemento encontrado não for obvio o suficiente para convencer a todos, o jogador deve tentar persuadir os demais participantes.
    Objetivo: Estas mecânicas funcionam como um excelente exercício de imaginação, argumentação e raciocínio abstrato para crianças.
    Pictureka! Seja rápido, encontre primeiro! Exercite os músculos do seu cérebro nesse jogo de criatividade!!! #fica a dica!

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    Roberta Claro

    Trabalha funções executivas.

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    FotoFoto: Após o jogo, contagem de quadrados com a inicial do nome de cada participante ...

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    Jogos simbólicos

    Gracilene Vasconcelos

    JOGOS SIMBÓLICOS PRAZER DE BRINCAR E APRENDER.
    O jogo simbólico é, assim, a representação corporal do imaginário, e apesar de nele predominar a fantasia, a atividade psicomotora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação ela pode modificar a sua vontade, usando o "faz de conta", mas quando expressa corporalmente as atividades, ela precisa respeitar a realidade concreta e as relações do mundo real.
    Pelo jogo simbólico, a criança exercita não só a sua capacidade de pensar, ou seja, de representar simbolicamente as suas ações.
    JOGO SIMBÓLICO EM EVA
    Objetivo: Exercitar a capacidade de pensar, de representar simbolicamente bem como: transformar problemas, analisar ações, menor independência, maior interação, buscar soluções, melhorar estratégias, organização do pensamento e da escrita.
    Material:
    Recortar diferentes formas geométricas, animais, objetos e outros.
    Uma folha de papel madeira para a montagem do cenário.
    Consigna: Vamos brincar de faz de conta?
    Escolha entre essas diferentes formas e monte um cenário.
    Desenvolvimento: Deixar o aluno livre para montar, criar e recriar o cenário a partir das diferentes formas ao concluir peça para descrever o cenário e depois criar uma história ou um texto que pode ser verbal ou escrito.

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    Jogos para trabalhar valores e regras

     

    Márcia Rodrigues

    "Siga em frente" - jogo do trânsito. Criei este jogo no intuito de trabalhar na clínica dificuldades com regras e valores.
    consiste em um tabuleiro com uma pista, com um semáforo, uma placa de Pare e um carro. Uso da seguinte maneira: Antes de iniciar este jogo, o Pp deve ter em pose informações do cliente. O paciente representa o carro.
    O carro anda toda vez que responde alguma pergunta, geralmente situações que envolve regras, por ex: Vc acha certo isto? aquilo? enfim, de acordo com a queixa e as observações no consultório.
    Em seguida, ao chegar no semáforo, ele é confrontado com situações pode, não pode... Por ex: ao chegar no semáforo o sinal está vermelho, então se trabalha com placas contendo desenhos ou em outra versão desenha-se situações como: não pode brigar com o irmão ou colega; Não pode gritar: Não pode ficar sem fazer a tarefa. tudo construido com a participação da cça... Se o sinal é amarelo, trabalha-se com situações dos valores, por ex: esperar a vez de ir ao banheiro, de falar, de ajudar, de ser ajudado, de comportamento, de aprendizado.... Sinal verde, atitudes que já estão sendo feitas e estão liberadas para seguir.
    ao chegar na placa Pare, pergunte para a cça se ela está preparada para chegar ao destino final, então ganha-se a carteira de motorista e diz que sempre que não seguir as regras perde ponto na carteira e seguindo-as ganha carimbos de passaporte liberado, pode-se criar outros incentivos positivos, a critério.
    É interessante com cças de 4 a 7 anos, mas pode ser usado em outras idades e de outras maneiras, tudo vai depender da criatividade e da necessidade. 

    Se desejar obter mais informações sobre a Psicopedagogia acesse meu site http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/