"Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo." Confúcio

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domingo, 30 de junho de 2013

As virtudes

Benjamin Franklin

(Para tratar dos outros devemos tratar primeiramente de nós mesmos. Abaixo algumas reflexões e atitudes que todos nós, psicopedagogos ou não, devemos ter em nossas vidas)

I – Temperança – A bebida não afoga mágoas; rega-as, isto, sim; e fá-las crescer mais fortes.

II – Silêncio – Não fale senão sobre o que possa beneficiar a si próprio ou aos outros; evite conversas fúteis.

III – Ordem – Dê a cada coisa o seu lugar; dê sua hora a cada parte dos seus negócios.

IV – Resolução – Resolva-se a cumprir seus deveres; e cumpra-os sem falta, resoluto.

V – Frugalidade – Não faça despesas senão para seu benefício ou de outrem. Não desperdice nada.

VI – Sinceridade – Não use subterfúgios. Pense com inocência e justiça; e, tendo de falar, fale como pensa.

VII – Não ofenda ninguém com injúrias; nem deixe, nunca, de fazer o bem que puder fazer.

VIII – Moderação – Evite arrebatamento. Não guarde ressentimentos, sobretudo quando possam levar ao extremos do rancor.

IX – Asseio – Não tolere desasseio algum, nem no corpo, nem no vestuário, nem no lar.

X – Tranquilidade – Não se altere com banalidade ou acidentes comuns e inevitáveis.

XI – Humildade – Imite Jesus e Sócrates.image

(In Sabedoria Universal, Paulo Lotufo, Ed. Brasipal, SP, 1970)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Vendo a comida







Comer conscientemente é uma prática importante. Ela alimenta nossa consciência. As crianças são bastante capazes de praticar conosco. Nos mosteiros budistas fazemos nossas refeições em silêncio para tornar mais fácil prestarmos a mais completa atenção à comida e aos outros membros da comunidade que estejam presentes. E mastigamos totalmente cada pedaço de comida, pelo menos 30 vezes, para que possamos estar verdadeiramente em contato com ela. É muito bom para a digestão comer dessa maneira.

Antes de cada refeição, um monge ou uma monja recita as Cinco Contemplações: "Este alimento é presente de todo Universo – da terra, do céu e de muito trabalho. Que possamos viver de uma maneira que mereça este alimento. Que possamos transformar nossos estados mentais inadequados, especialmente a ganância. Que  possamos ingerir somente alimentos nutritivos e que evitem a doença. Que possamos aceitar esta comida pela realização do caminho do entendimento e do amor.”

 Podemos então ver profundamente a comida, de uma forma que permita que ela se torne real. Contemplar nosso alimento antes de ingeri-lo conservando a mente alerta pode ser uma verdadeira fonte de felicidade. Sempre que tenho nas mãos uma tigela de arroz, reconheço que sou muito afortunado. Sei que 40 mil crianças morrem todos os dias por falta de comida e que muitas pessoas estão solitárias, sem amigos ou família. Visualizo-os e sinto uma profunda compaixão.
 
Não precisamos estar num mosteiro para realizar essa prática. Podemos praticar em casa na hora das refeições. Comer com a mente alerta é um modo maravilhoso de nutrir a compaixão e nos encoraja a fazer alguma coisa para ajudar os que estão famintos e solitários. Não precisamos ter receio de comer sem ter a televisão, o rádio, o jornal ou uma conversa complicada para nos distrair. Com efeito, é maravilhoso e alegre estarmos completamente presentes com nossa comida. 
(Vivendo Buda, vivendo Cristo – Thich Nhat Hanh).



domingo, 2 de junho de 2013

“Cada criança tem seu tempo”

Por: Simaia Sampaio.


   
       Quem acredita na frase “Cada criança tem seu tempo” e nada faz, pode estar contribuindo para um possível futuro fracasso escolar. Algumas crianças desde a pré-escola já demonstram alguns comprometimentos que podem dificultar a alfabetização e os anos escolares. Melhor que acreditar nisto é encaminhar a criança para uma avaliação, que se houver atraso na linguagem ou trocas deverá ser um fonoaudiólogo que desde cedo já poderá trabalhar de maneira preventiva para uma boa alfabetização. Se for uma imaturidade acentuada jogos lúdicos poderão ser realizados por psicopedagogo, com estimulação dos pais em casa e a depender da gravidade por Terapeuta Ocupacional.


  Professores devem deixar de julgar pelas aparências (tem tudo no lugar: dedinhos, orelhas, boca, olhos, tudo perfeitinho), e perceber que existe um cérebro por trás desta aparência, funcionando cada um de maneira muito particular, mas já podendo demonstrar sinais de atraso maturacional suficientes para sugerir uma avaliação, principalmente naqueles com sofrimento fetal, pré-maturos, ou pouco estimulados, por isto a importância de uma boa anamnese na pré-escola.

     Que vão aprender a ler, é bem possível, afinal, estão em um ambiente letrado. O detalhe é como e quando isto vai acontecer, muitas vezes com bastante atraso, o que acaba gerando na criança uma sensação de frustração imensa, o que pode contribuir para entrar na vida desta criança mais um profissional, o psicólogo, que não necessariamente precisaria estar presente se tudo fosse cuidado de forma preventiva.

     Quero chamar atenção para um detalhe: não estou falando em ensinar a criança a ler antes dos seis anos, estou falando em estimulação cognitiva como auxílio na maturação de crianças com evidentes atrasos na fala, na percepção, orientação, que são elementos que irão garantir uma boa alfabetização.

     As crianças, cujas famílias possuem poucos recursos, e não possuem condições de buscar ajuda profissional, também poderão ser beneficiadas com um trabalho bem desenvolvido pelos próprios professores, principalmente nas aulas de educação física, pois a psicomotricidade é importantíssima para este processo, mas é uma pena que este profissional ainda seja tão pouco valorizado dentro da escola e muitas vezes não reconhece a importância do seu próprio papel como elemento contribuinte para esta estimulação. Salas de jogos também poderiam ser adotadas no ambiente escolar, não precisariam ser jogos caros, poderiam ser feitas campanhas de arrecadação, tenho certeza que a escola que se propor a este serviço estará ganhando muito, pois estará contribuindo com um trabalho tanto preventivo e porque não, quem sabe, remediativo e todas as crianças serão beneficiadas, não somente as de inclusão. Estas ações poderão estar presentes em todas as escolas públicas e particulares.

     A escola é ambiente de aprendizagem, e aprendizagem exige estimulação, portanto estimulação gera aprendizagem, principalmente se acontecer no lúdico, utilizando-se de associações mentais, fazendo sentido, pois estará estimulando uma área no cérebro responsável por nossas emoções, sistema límbico, e a aprendizagem será facilitada. Conteúdos puros, sem sentido, não garantem boa aprendizagem.

Alfabetizar não é garantir apenas uma decodificação, mas sim compreender o que está lendo, e para tanto são exigidas áreas do cérebro responsáveis pela atenção, organização, planejamento, para que, além de compreender, a informação seja retida na memória. É possível que seu aluno não tenha problema de memória e nem de atenção, ele talvez simplesmente não tenha estratégias de estudo, em como ler melhor. Atenção também é algo que se aprende que se desenvolve e pode ser ensinado. Se ele estiver motivado com a sua aula, terá motivação para as demais aprendizagens. Se sua aula for prazerosa, você conseguirá motivá-lo para buscar novas aprendizagens. Lembre-se do que uma boa propaganda faz conosco, nos motiva a buscar a informação, é isso que deve ser feito, transformar sua aula em algo muito gostoso, prazeroso, que fique com gosto de quero mais.

     Portanto, use a criatividade, em qualquer série escolar, foque naquele aluno que não está rendendo bem, procure observá-lo. Como ele aprende melhor? Qual sua modalidade de aprendizagem? Ao que ele responde melhor: visual, auditivo, cinestésico? Cada criança aprende de uma maneira diferente, percorre caminhos diferentes no cérebro para entender o que você está falando. Você deve perceber se ele não entendeu, e traçar novamente este caminho de maneira mais devagar ou criar um caminho diferente, estimulando todas as vias sensoriais. Cada criança pode ter seu tempo, mas você poderá ajudar compreendendo este tempo e entendendo que sua resposta pode ser mais demorada que de outras crianças, auxiliando-o sempre. Mas é importante perceber, que algumas crianças irão precisar de ajuda extra e quanto mais cedo você perceber, quanto mais cedo você encaminhar, melhor será a qualidade acadêmica e de vida desta criança. 

Simaia Sampaio - Psicopedagoga e especialista em Neuropsicologia da Aprendizagem. Autora. Palestrante. Ministrante de cursos. www.psicopedagogiabrasil.com.br. psicosimaia@ig.com.br

Como fazer crianças autistas escreverem

http://www.ehow.com.br/criancas-autistas-escreverem-como_20568/


Como fazer crianças autistas escreverem


Escrito por Erica Varlese Traduzido por Lara Scheffer Por www.ehow.com.br 

Como fazer crianças autistas escreverem
O autismo é um distúrbio de desenvolvimento que afeta uma a cada 110 crianças nos Estados Unidos. Crianças com autismo geralmente têm dificuldade em se socializar e comunicar, e frequentemente desenvolvem fixações com comportamentos repetitivos e obsessões. Ensinar uma criança autista a escrever pode ser um desafio, mas com paciência e uma abordagem diferenciada, transmitir novas habilidades é possível. Os principais pontos a se lembrar são rotina, paciência e flexibilidade para lidar com o aprendizado de um estudante autista.
Nível de Dificuldade:
Desafiante

INSTRUÇÕES

O que você precisa?

  • Um computador e teclado
  • Paciência
  • Um plano de aula
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    Faça uma agenda diária para seguir. Crianças com autismo aprendem melhor com uma rotina. Quando estiver elaborando a agenda, inclua intervalos durante o dia para que os estudantes façam uma pausa. Focar em assuntos diferentes e praticar comportamentos não-autistas é um trabalho difícil e pode ser cansativo mental e fisicamente.
  2. 2
    Ensine o vocabulário aos alunos. Muitas crianças autistas são aprendizes visuais e acham mais fácil aprender os substantivos. Para construir um vocabulário para ler e escrever com um estudante autista use cartões com fotos. Certifique-se de que a palavra e a imagem estão no mesmo lado da página, o aluno não deve adivinhar a resposta, mas aprender a associar a imagem com a palavra escrita.
  3. 3
    Dê instruções curtas. Alunos autistas têm dificuldade em lembrar instruções verbais muito longas. Quaisquer tarefas com mais de três passos deve ser escrita para que ele possa consultá-las.
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    Utilize fixações como motivações para aprender. Ao invés de ver as fixações do aluno como uma barreira a ser superada, use-as dentro do plano de aula. Se um estudante gosta de barcos, por exemplo, peça que ele escreva uma história sobre barcos durante a aula.
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    Comece as aulas de escrita no computador. Habilidades motoras podem ser um desafio para alunos autistas, e a frustração pode deixar o aprendizado mais difícil. Utilizar computadores pode ser útil ao ensinar autistas a escrever porque digitar geralmente é mais fácil do que escrever à mão para eles. Comece com mais tempo no computador primeiro, pontuando o plano de aula com alguns momentos de escrita à mão para manter o aluno motivado.
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    Use discussões para induzir a escrita. Verbalize a estrutura da frase com o aluno primeiro, para que seu pensamento esteja bastante claro antes de tentar escrever. Algumas crianças podem precisar que você escreva a frase para que eles copiem primeiro, antes de estarem prontos pra escreverem sozinhos. Levará algum tempo para que eles escrevam seus próprios pensamentos, muita prática será necessária.
Se desejar obter mais informações sobre a Psicopedagogia acesse meu site http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/